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5 de abril de 2013

Tem gato na tuba!

Trabalhando tanto com os pequeninhos, as vezes me surpreendo com os "grandes", que aparecem cheios de habilidades e desejos de anotar tudo aquilo que experenciam. Nessa onda, uma canetinha, um papel e notas, já bem sabidas e escutadas, com suas características principais, viraram música escrita, imortalizada pela primeira partitura.

A necessidade de manter a coerência no desenho se sobrepõe  a qualquer outro objetivo

O importante para o professor é não se preocupar com uma maneira certa de anotar, pois se a criança já tem ferramentas (mentais) para entender a regra do desenho, ela mesma se auto-regula, se impõe o desafio. O professor também não está ali para que a criança se desenvolva de forma precoce, mas para que tenha a oportunidade, pela experiência, de se desenvolver em áreas que outros ambientes não proporcionam. Tem o compromisso de enriquecer a lista de possibilidades dos pequenos!

O desenho representa o time, pessoas, a chuva, mas dá pra fazer um som pra cada nota

Crianças em diferentes estágios podem tirar proveito de uma atividade que ainda parece inacessível. Cresce, desenvolve-se e questiona-se, na medida em que pode comparar com os colegas o seu trabalho e utiliza as habilidades manuais que já possui (nem mais, nem menos) para lembrar-se daquilo que fizemos com a boca, com o corpo e com a imaginação. Os colegas aprendem não só com a tolerância ao diferente, mas com o esforço mental que "ajudar" o amigo demanda. Explicar é sempre mais complicado que fazer, por isso vale a provocação.

Deu, escrevi a minha música. A que tava na minha cabeça! Tá aqui, ó!