Menu

30 de abril de 2011

Um mes de Musica per Bambini

Caros amigos

Ontem encerramos o primeiro mes de aulas no Musica per Bambini. O trabalho está sendo muito, muito, muitíssimo gratificante para o Jota e para mim. Está sendo uma oportunidade única de oferecer um serviço na área de Educação Musical como sempre imaginamos: cuidado, amado, delicado. As famílias que estão nos prestigiando pegaram o espírito da coisa. Estão relaxadas para curtir seus bebês com toda a tranquilidade que tem direito. Na foto que posto hoje, nossa turma de sexta, com bebês com menos de um ano de idade. A atividade era uma conversa, mediada por dedoches (fantoches de encaixar nos dedos), para provocar balbucios e entender as vocalizações precoces dos pequenos. Esse momento é bem íntimo e, ao mesmo tempo, "socializador", dependendo do rumo que a organização da turma toma. As mamães estão de parabéns! E os bebês também!



Muito obrigada a essas queridas famílias!

28 de abril de 2011

Discurso e manifestações na Praça da Matriz

Os pequenos Lorenzo e Bruna estão familiarizados com nossos companheiros de batalha que volta e meia protestam em frente ao Palácio Piratini. Por isso, decidiram discursar também: sobre o piano, sobre a aula de música, sobre o papel/partitura que não pára quieto na estante, sobre tudo. E, como os demais, cantam durante suas manifestações. Que tal? 


27 de abril de 2011

Divulgação do Projeto do Jota

Gente, aí está a divulgação do trabalho do Jota, complementar com o Musica per Bambini. Espero que apreciem!

Para ampliar, clique na imagem.

24 de abril de 2011

Musica per Adulti? Sim!

Caros amigos!

Parece que nosso coordenador musical, o João (ou Jota, como todos o conhecem), ficou empolgado em ver a Profe Paula se divertindo com as crianças no Musica per Bambini que... adivinhem só! Ele está abrindo horários para atender seus próprios alunos jovens e adultos para aulas de Música. A partir de agora, quem estiver procurando aulas de VIOLÃO, PIANO e outras formações especiais como orientação em trabalhos de MÚSICA DE CÂMARA, apoio em PERCEPÇÃO ou outros tópicos na área musical podem contatá-lo. 

Ele já foi professor da UFRGS e da UPF. São quinze anos de experiência como professor de instrumento, teoria, análise e história da Música. É bacharel em Música pela UFRGS e hoje é aluno do Doutorado em Musicologia da UCA.  Quem já foi aluno dele (incluindo a Profe Paula, quando estava na faculdade) sabe da qualidade do trabalho.

Ah! Ele me contou que as aulas podem ser individuais ou em duplas ou em pequenos grupos. As aulas são no Centro Histórico de Porto Alegre.

Para falar com o professor Jota, você liga para (51) 3012 82 45 ou pode escrever para o e-mail jgsegala@gmail.com

19 de abril de 2011

Amados pitocos!

Amor de profe é que nem amor de mãe, podem ser cem filhos e sempre tem amor para mais um. É apaixonante ver as crianças se desenvolvendo e criando uma relação tão prazerosa com a música ao longo das aulas. Uma das coisas mais importantes para o sucesso de nosso programa é o investimento, digamos, "emocional" que as famílias fazem no curso. Quanto mais disponíveis as mamães, os papais, as vovós, as dindas se mostram, tão melhor é o aproveitamento dos pequenos.

Enquanto a criança vai fazendo suas próprias regulações para construir sua individualidade, ela se apoiará nas ações daquelas pessoas em quem confia e tem uma ligação afetiva forte para tomar as pequenas decisões do dia-a-dia e isso inclui suas preferências musicais. Essa conexão entre "o que a mamãe gosta" e "o que o bebê gosta" não pode ser considerada somente algo místico ou de procedência astral e sim, uma maneira da mente e da inteligência humana se constituir. É a mãe natureza que nos fez perfeitos para aprendermos, para crescermos, cada um a sua maneira.

A dica vai para todos os pais, em todos os âmbitos, não só da aula de música: alimentação, roupas, medos, comportamentos, a criança pequena presta a atenção em tudo que os adultos que ela ama fazem, comem, vestem, assistem para fazerem as suas próprias escolhas. Fique atento!




As fotos acima ilustram a mensagem de hoje: Lorenzo e Bruna estão curtindo muito as aulas de música e o agradecimento vai para as mamães que vibram com cada conquista de seus pitocos e que se permitiram vivenciar a experiência por inteiro. É um presente ter vocês aqui! Muito obrigada!

17 de abril de 2011

Educação Musical Divertida

Gostaria de compartilhar com vocês uns vídeos. É uma gurizada da África do Sul, se chama Saint  Stithians Boys Marimba Band. Como o nome já diz, o forte deles parece ser as marimbas. Sim, realmente a marimba é o instrumento que todos tocam, mas o personagem principal é a alegria com que esses meninos executam todo o tipo de música. É muita energia. Tem pequenos instrumentistas, que pelo tamanho das crianças que conheço, deve ter em torno de 5 ou 6 anos, e maiores, que tocam juntos. Alguns são um show a parte, pois dançam e fazem tudo com tanta naturalidade que é impressionante.

Quando estava na Itália, na ocasião do Encontro Mundial da International Society for Music Education, em 2008, tive a oportunidade de assistí-los ao vivo. Poucas apresentações musicais ficaram tão fortemente registradas em minha mente como essa. Deixo vocês, hoje, com alguns vídeos. São três apresentações do grupo. A segunda e a terceira foram gravações amadoras da ocasião em Bologna. 

Um abraço, Paula.




7 de abril de 2011

Como funciona I

Ao longo dos posts, postarei aqui no blog do projeto algumas características do trabalho. Essas mensagens tem por objetivo tirar dúvidas dos pais e das famílias interessadas em proporcionar às suas crianças um programa de Educação Musical. 


Profe Paula ministrando aula na 11ª Semana do Bebê de Canela
na presença de Liliane Penello e Liliana Maria Lugarinho


Da faixa etária:
O projeto é destinado a crianças de 0 a 5 anos. Desde o nascimento a criança já está apta a participar das aulas de música. É importante que a família sinta-se segura para permitir a convivência de seu bebê com outros bebês. Em geral, os pais consultam seus pediatras, pois estes estão informados sobre aspectos da saúde de seus pacientes, bem como o desenvolvimento do sistema imunológico. Esta liberação, quando o bebê é bem pequeno, tende a tranqüilizar os pais e a relaxá-los mais durante a experiência da aula de música. 

Da rotina do bebê pequeno:
Para compor os horários para cada faixa etária, levamos em consideração os hábitos das famílias que nos procuram, privilegiando momentos em que as crianças estejam bem dispostas. Mesmo assim, as vezes a aula de música precisa ser inserida na rotina do dia tomando espaço de outro acontecimento, como a hora do mamá, ou o horário que a criança tira um cochilo. Por isso, nas nossas aulas, as mães até podem tentar atrasar o soninho ou alimentar antes de iniciarmos, mas se isso não é possível, tem toda a liberdade para "resolver" o que for preciso durante o encontro. Dormir e/ou ser amamentado na aula é comum nas turmas dos menores (até um ano de idade). A criança poderá seguir fazendo as atividades (no colo e de forma mais suave), uma vez que o sistema auditivo permanece alerta durante o sono.

Ligue agora para (51) 3012 82 45 e agende uma aula experimental!

Um abraço, Profe Paula.

5 de abril de 2011

Concentrar-se, pero no mucho

Todo esse tempo oferecendo um produto pedagógico, observei uma característica recorrente em diversas famílias: o julgamento do aproveitamento da criança no curso se dá pela quantidade de atividades que o aluno pára, presta a atenção ou responde fazendo o que "parece ser" solicitado por uma atividade: correto manuseio de um instrumento, relaxar durante a massagem dirigida ou fazer os gestos ou coreografias de uma música corretamente. Embora essa  interatividade seja um bom indício do envolvimento positivo da criança com a aula, está longe de ser a única forma de perceber que está havendo desenvolvimento.

Sobre os alicerces teóricos que acredito, a aula de música para a criança pequena é um momento único e estruturado onde é oferecido um ambiente rico musicalmente. As atividades são pensadas para que as crianças possam dar conta cognitivamente dos problemas propostos e a tarefa da professora é a de provocar, estar disponível e fazer incontáveis leituras sobre o que observa nos alunos para re-oferecer uma nova (ou repetida) proposta que seja significativa para as crianças. Eu faço o planejamento com base no que conheço sobre uma turma de bebês/crianças e adapto esse planejamento à medida que percebo as construções que cada um dos meus alunos estão fazendo. Esse é o ciclo básico. É a partir disso que começa a brincadeira.

Cada momento que ofereço (imaginem que eu sugeri, por exemplo, uma massagem baseada em um padrão ritmico recorrente em uma canção). Meu objetivo principal é que o movimento que a mãe faz no corpo do seu filho seja percebido pela criança, mesmo que não saiba nomeá-lo ou mesmo compreender o todo da canção. Essa associação entre a música e o movimento aumenta o repertório rítmico do bebê e o desafia a decodificá-lo. A mãe também é beneficiada, uma vez que aprende uma forma nova de reorganizar o material musical. Assim, o embalo, as danças e o cantar tendem a estruturar-se melhor sem que ela nem se dê conta das suas próprias conquistas. O que descrevi até agora foi o pensamento inicial que tive com uma proposta, mas absolutamente nada garante que meu fim será atingido e, verdadeiramente, isso não faz diferença. 

A criança (e sua mãe) não são sujeitos passivos diante do que é oferecido. Cada indivíduo vem com uma trajetória única e depende dessa trajetória de vida o que cada um estará motivado a aprender. Voltando ao exemplo da massagem, veja alguns exemplos de aprendizagens que podem surgir na mesma atividade:

...pode ser que este momento da aula proporcione construções no âmbito da afetividade, da troca de carinhos com o adulto. 
...pode ser que proporcione um desafio à concentração, na capacidade de escutar ativamente uma música sem associá-la ao dançar. 
...pode ser que a melodia ou os instrumentos sejam mais chamativos para a criança, que associa com outra música já escutada.
...pode ser que seja a melhor hora para observar os colegas e notar-se parte de um grupo
...pode ser a melhor hora para treinar aquela corrida pela sala em alta velocidade e, porque não, o momento perfeito para testar os limites [sociais] e suas habilidades motoras

Tudo isso pode acontecer num mesmo momento e nada disso é errado. Não existe aprender errado e não existe não aprender. Existe a falta de tolerância e a incapacidade do professor dar-se conta dessas possibilidades infinitas. E isso não é legal.

Quando uma criança não faz exatamente o que "parece que foi solicitado" ou "o que um adulto responderia" não quer dizer aproveitamento menor ou desajuste, quer dizer que a criança está sinalizando que está envolvida em uma proposta à sua maneira e que esta maneira não está exatamente conectada às expectativas de pais e professor. Cabe ao professor sensibilidade para, de repente, ajustar o desafio musical para que então este se torne mais significativo para o pequeno aluno, caso julgue necessário. Ao pai e a mãe cabe a sensibilidade de diferir a situação que expus de um desconforto real, onde a aula seja realmente um sofrimento para a criança e sua família.

Para finalizar esta explicação devo dizer que nem sempre aquele aluno que reproduz os gestos dos adultos, manejando um instrumento de forma hábil, dançando com desenvoltura ou cantando uma canção do início ao fim sem erros está demonstrando mais condições ou estruturas mentais mais complexas. Aquele aluno que inventa, que desafia e que se rebela pode, diversas vezes, estar demonstrando que sua mente está mais desenvolvida ainda. O inverso também pode ser verdade...

Deixo vocês com essa reflexão.

Um abraço, Profe Paula.