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30 de abril de 2011

Um mes de Musica per Bambini

Caros amigos

Ontem encerramos o primeiro mes de aulas no Musica per Bambini. O trabalho está sendo muito, muito, muitíssimo gratificante para o Jota e para mim. Está sendo uma oportunidade única de oferecer um serviço na área de Educação Musical como sempre imaginamos: cuidado, amado, delicado. As famílias que estão nos prestigiando pegaram o espírito da coisa. Estão relaxadas para curtir seus bebês com toda a tranquilidade que tem direito. Na foto que posto hoje, nossa turma de sexta, com bebês com menos de um ano de idade. A atividade era uma conversa, mediada por dedoches (fantoches de encaixar nos dedos), para provocar balbucios e entender as vocalizações precoces dos pequenos. Esse momento é bem íntimo e, ao mesmo tempo, "socializador", dependendo do rumo que a organização da turma toma. As mamães estão de parabéns! E os bebês também!



Muito obrigada a essas queridas famílias!

28 de abril de 2011

Discurso e manifestações na Praça da Matriz

Os pequenos Lorenzo e Bruna estão familiarizados com nossos companheiros de batalha que volta e meia protestam em frente ao Palácio Piratini. Por isso, decidiram discursar também: sobre o piano, sobre a aula de música, sobre o papel/partitura que não pára quieto na estante, sobre tudo. E, como os demais, cantam durante suas manifestações. Que tal? 


27 de abril de 2011

Divulgação do Projeto do Jota

Gente, aí está a divulgação do trabalho do Jota, complementar com o Musica per Bambini. Espero que apreciem!

Para ampliar, clique na imagem.

24 de abril de 2011

Musica per Adulti? Sim!

Caros amigos!

Parece que nosso coordenador musical, o João (ou Jota, como todos o conhecem), ficou empolgado em ver a Profe Paula se divertindo com as crianças no Musica per Bambini que... adivinhem só! Ele está abrindo horários para atender seus próprios alunos jovens e adultos para aulas de Música. A partir de agora, quem estiver procurando aulas de VIOLÃO, PIANO e outras formações especiais como orientação em trabalhos de MÚSICA DE CÂMARA, apoio em PERCEPÇÃO ou outros tópicos na área musical podem contatá-lo. 

Ele já foi professor da UFRGS e da UPF. São quinze anos de experiência como professor de instrumento, teoria, análise e história da Música. É bacharel em Música pela UFRGS e hoje é aluno do Doutorado em Musicologia da UCA.  Quem já foi aluno dele (incluindo a Profe Paula, quando estava na faculdade) sabe da qualidade do trabalho.

Ah! Ele me contou que as aulas podem ser individuais ou em duplas ou em pequenos grupos. As aulas são no Centro Histórico de Porto Alegre.

Para falar com o professor Jota, você liga para (51) 3012 82 45 ou pode escrever para o e-mail jgsegala@gmail.com

19 de abril de 2011

Amados pitocos!

Amor de profe é que nem amor de mãe, podem ser cem filhos e sempre tem amor para mais um. É apaixonante ver as crianças se desenvolvendo e criando uma relação tão prazerosa com a música ao longo das aulas. Uma das coisas mais importantes para o sucesso de nosso programa é o investimento, digamos, "emocional" que as famílias fazem no curso. Quanto mais disponíveis as mamães, os papais, as vovós, as dindas se mostram, tão melhor é o aproveitamento dos pequenos.

Enquanto a criança vai fazendo suas próprias regulações para construir sua individualidade, ela se apoiará nas ações daquelas pessoas em quem confia e tem uma ligação afetiva forte para tomar as pequenas decisões do dia-a-dia e isso inclui suas preferências musicais. Essa conexão entre "o que a mamãe gosta" e "o que o bebê gosta" não pode ser considerada somente algo místico ou de procedência astral e sim, uma maneira da mente e da inteligência humana se constituir. É a mãe natureza que nos fez perfeitos para aprendermos, para crescermos, cada um a sua maneira.

A dica vai para todos os pais, em todos os âmbitos, não só da aula de música: alimentação, roupas, medos, comportamentos, a criança pequena presta a atenção em tudo que os adultos que ela ama fazem, comem, vestem, assistem para fazerem as suas próprias escolhas. Fique atento!




As fotos acima ilustram a mensagem de hoje: Lorenzo e Bruna estão curtindo muito as aulas de música e o agradecimento vai para as mamães que vibram com cada conquista de seus pitocos e que se permitiram vivenciar a experiência por inteiro. É um presente ter vocês aqui! Muito obrigada!

17 de abril de 2011

Educação Musical Divertida

Gostaria de compartilhar com vocês uns vídeos. É uma gurizada da África do Sul, se chama Saint  Stithians Boys Marimba Band. Como o nome já diz, o forte deles parece ser as marimbas. Sim, realmente a marimba é o instrumento que todos tocam, mas o personagem principal é a alegria com que esses meninos executam todo o tipo de música. É muita energia. Tem pequenos instrumentistas, que pelo tamanho das crianças que conheço, deve ter em torno de 5 ou 6 anos, e maiores, que tocam juntos. Alguns são um show a parte, pois dançam e fazem tudo com tanta naturalidade que é impressionante.

Quando estava na Itália, na ocasião do Encontro Mundial da International Society for Music Education, em 2008, tive a oportunidade de assistí-los ao vivo. Poucas apresentações musicais ficaram tão fortemente registradas em minha mente como essa. Deixo vocês, hoje, com alguns vídeos. São três apresentações do grupo. A segunda e a terceira foram gravações amadoras da ocasião em Bologna. 

Um abraço, Paula.




7 de abril de 2011

Como funciona I

Ao longo dos posts, postarei aqui no blog do projeto algumas características do trabalho. Essas mensagens tem por objetivo tirar dúvidas dos pais e das famílias interessadas em proporcionar às suas crianças um programa de Educação Musical. 


Profe Paula ministrando aula na 11ª Semana do Bebê de Canela
na presença de Liliane Penello e Liliana Maria Lugarinho


Da faixa etária:
O projeto é destinado a crianças de 0 a 5 anos. Desde o nascimento a criança já está apta a participar das aulas de música. É importante que a família sinta-se segura para permitir a convivência de seu bebê com outros bebês. Em geral, os pais consultam seus pediatras, pois estes estão informados sobre aspectos da saúde de seus pacientes, bem como o desenvolvimento do sistema imunológico. Esta liberação, quando o bebê é bem pequeno, tende a tranqüilizar os pais e a relaxá-los mais durante a experiência da aula de música. 

Da rotina do bebê pequeno:
Para compor os horários para cada faixa etária, levamos em consideração os hábitos das famílias que nos procuram, privilegiando momentos em que as crianças estejam bem dispostas. Mesmo assim, as vezes a aula de música precisa ser inserida na rotina do dia tomando espaço de outro acontecimento, como a hora do mamá, ou o horário que a criança tira um cochilo. Por isso, nas nossas aulas, as mães até podem tentar atrasar o soninho ou alimentar antes de iniciarmos, mas se isso não é possível, tem toda a liberdade para "resolver" o que for preciso durante o encontro. Dormir e/ou ser amamentado na aula é comum nas turmas dos menores (até um ano de idade). A criança poderá seguir fazendo as atividades (no colo e de forma mais suave), uma vez que o sistema auditivo permanece alerta durante o sono.

Ligue agora para (51) 3012 82 45 e agende uma aula experimental!

Um abraço, Profe Paula.

5 de abril de 2011

Concentrar-se, pero no mucho

Todo esse tempo oferecendo um produto pedagógico, observei uma característica recorrente em diversas famílias: o julgamento do aproveitamento da criança no curso se dá pela quantidade de atividades que o aluno pára, presta a atenção ou responde fazendo o que "parece ser" solicitado por uma atividade: correto manuseio de um instrumento, relaxar durante a massagem dirigida ou fazer os gestos ou coreografias de uma música corretamente. Embora essa  interatividade seja um bom indício do envolvimento positivo da criança com a aula, está longe de ser a única forma de perceber que está havendo desenvolvimento.

Sobre os alicerces teóricos que acredito, a aula de música para a criança pequena é um momento único e estruturado onde é oferecido um ambiente rico musicalmente. As atividades são pensadas para que as crianças possam dar conta cognitivamente dos problemas propostos e a tarefa da professora é a de provocar, estar disponível e fazer incontáveis leituras sobre o que observa nos alunos para re-oferecer uma nova (ou repetida) proposta que seja significativa para as crianças. Eu faço o planejamento com base no que conheço sobre uma turma de bebês/crianças e adapto esse planejamento à medida que percebo as construções que cada um dos meus alunos estão fazendo. Esse é o ciclo básico. É a partir disso que começa a brincadeira.

Cada momento que ofereço (imaginem que eu sugeri, por exemplo, uma massagem baseada em um padrão ritmico recorrente em uma canção). Meu objetivo principal é que o movimento que a mãe faz no corpo do seu filho seja percebido pela criança, mesmo que não saiba nomeá-lo ou mesmo compreender o todo da canção. Essa associação entre a música e o movimento aumenta o repertório rítmico do bebê e o desafia a decodificá-lo. A mãe também é beneficiada, uma vez que aprende uma forma nova de reorganizar o material musical. Assim, o embalo, as danças e o cantar tendem a estruturar-se melhor sem que ela nem se dê conta das suas próprias conquistas. O que descrevi até agora foi o pensamento inicial que tive com uma proposta, mas absolutamente nada garante que meu fim será atingido e, verdadeiramente, isso não faz diferença. 

A criança (e sua mãe) não são sujeitos passivos diante do que é oferecido. Cada indivíduo vem com uma trajetória única e depende dessa trajetória de vida o que cada um estará motivado a aprender. Voltando ao exemplo da massagem, veja alguns exemplos de aprendizagens que podem surgir na mesma atividade:

...pode ser que este momento da aula proporcione construções no âmbito da afetividade, da troca de carinhos com o adulto. 
...pode ser que proporcione um desafio à concentração, na capacidade de escutar ativamente uma música sem associá-la ao dançar. 
...pode ser que a melodia ou os instrumentos sejam mais chamativos para a criança, que associa com outra música já escutada.
...pode ser que seja a melhor hora para observar os colegas e notar-se parte de um grupo
...pode ser a melhor hora para treinar aquela corrida pela sala em alta velocidade e, porque não, o momento perfeito para testar os limites [sociais] e suas habilidades motoras

Tudo isso pode acontecer num mesmo momento e nada disso é errado. Não existe aprender errado e não existe não aprender. Existe a falta de tolerância e a incapacidade do professor dar-se conta dessas possibilidades infinitas. E isso não é legal.

Quando uma criança não faz exatamente o que "parece que foi solicitado" ou "o que um adulto responderia" não quer dizer aproveitamento menor ou desajuste, quer dizer que a criança está sinalizando que está envolvida em uma proposta à sua maneira e que esta maneira não está exatamente conectada às expectativas de pais e professor. Cabe ao professor sensibilidade para, de repente, ajustar o desafio musical para que então este se torne mais significativo para o pequeno aluno, caso julgue necessário. Ao pai e a mãe cabe a sensibilidade de diferir a situação que expus de um desconforto real, onde a aula seja realmente um sofrimento para a criança e sua família.

Para finalizar esta explicação devo dizer que nem sempre aquele aluno que reproduz os gestos dos adultos, manejando um instrumento de forma hábil, dançando com desenvoltura ou cantando uma canção do início ao fim sem erros está demonstrando mais condições ou estruturas mentais mais complexas. Aquele aluno que inventa, que desafia e que se rebela pode, diversas vezes, estar demonstrando que sua mente está mais desenvolvida ainda. O inverso também pode ser verdade...

Deixo vocês com essa reflexão.

Um abraço, Profe Paula.

31 de março de 2011

Olha os passarinhos!

Hoje recebi dois alunos que foram ótimos! Cada um, a seu modo, curtiu muito a primeira aula de música aqui. Ambos já haviam feito aulas comigo, e o prazer do reencontro é muito legal! No final das atividades resolvemos brincar um pouco no piano. Antes que alguém pergunte, eu respondo: a educação musical na infância que proponho não tem a ver com a prática isolada de um instrumento. É uma proposta de aula com diversos momentos, e essa rotina é impregnada de desafios musicais, adequados ao desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo das crianças. Foca-se, também, na interação entre a criança e o adulto que o acompanha em aula. Na aula de hoje, recebi duas mães muito queridas também! E que liberaram a utilização das imagens de seus pequenos no nosso blog.

Crianças, vamos tirar uma foto?...

É pra por no blog...



Obrigada pelo carinho!

30 de março de 2011

Crianças cantando

Não é fácil produzir um disco com crianças cantando. Não DEVE ser fácil, acho eu. Minha experiência como consumidora deste material me mostra que é complicado extrair um material gostoso de ouvir, pois a criança dificilmente consegue lidar com o brilho próprio da voz nessa fase e com sua estridência. É claro que gravar as crianças para registro, deleite da profe e dos pais, é uma atividade muito bacana e pedagogicamente rica e deve ser promovida sempre que possível. Vou mostrar duas coisas muito legais para meus leitores e alunos hoje: 

A primeira é a famosa canção "Alecrim Dourado" gravada pelo Palavra Cantada no CD Cantigas de Roda. Mostra três gerações cantando a mesma canção. Os ouvidos que prestarem a atenção nas diferenças entre as vozes verão o que falei lá em cima. A imagem que fica parada durante a exibição do vídeo nada tem a ver com o CD. 

A segunda é um vídeo com imagens do grupo Ponto de Partida e dos Meninos de Araçuaí. A-ra-çu-a-í. A companhia de teatro Ponto de Partida fez uma parceria com a iniciativa social Meninos de Araçuaí e gravaram um CD com o musical Roda que Rola. Eu sou completamente apaixonada por ouvir essas crianças cantando. Deixo vocês com uma versão de Refazenda. Nas aulas de música, sempre aparecem!



29 de março de 2011

E foi dada a largada!

Pessoal! Que bom poder vir postar em nosso blog que as aulas finalmente começaram! Estava com saudade de ter queridos alunos picorruchos! Devo confessar que sou muito apegada a TODOS os meus alunos, minhas "mãezinhas", as famílias queridas, mas hoje fiquei ainda mais animada quando recebi uma turminha de alunos já conhecidos muito especial que aprovou o espaço e o projeto. Fiquei realmente muito feliz! O incentivo das famílias é um energético muito potente. O brilho no olhar das crianças, também. 

As turmas menos populosas têm um valor pedagógico inestimável para uma professora que olha seus alunos com desejos investigativos. Aqui, recebemos turmas de cinco alunos, com excessão desta semana em que temos diversas aulas experimentais e poderemos receber até seis crianças em um mesmo horário. Ainda que uma turma numerosa tenha suas vantagens, no projeto Musica per Bambini a ordem é ter tempo para cada criança, para cada família, para cada situação. O nome vem em italiano não só pela minha origem e a do João, mas por tentar traduzir em sua marca o investimento que o país europeu tem feito no estilo de vida  vivere con lentezza, ou slow life movement (em português: viver devagar). O movimento é em prol do aproveitar a vida na hora e no lugar que ela está acontecendo, dar tempo para as coisas se desenrolarem e celebrar todo e qualquer encontro. É isso que estamos fazendo aqui e o amor que qualquer ser humano dedica a um bebê (de forma instintiva, inclusive) é a maior expressão deste tempo de harmonia, paz, tranquilidade...

A quantidade de visitantes no blog está aumentando a cada dia (tomara que continue assim!). Algumas turmas já estão lotadas, outras se formando. Tem sido muito bom poder divulgar um trabalho que nos encanta tanto. Hoje, enquanto não temos fotos das aulas, vou mostrar um pouquinho como ficou o espaço.

Um abraço a todos!


23 de março de 2011

Escolhas, escolhas

Escolher o que é melhor para um filho já foi tarefa mais fácil em tempos passados, acredito eu. A falta de informação é uma benção nesse sentido porque é justamente a informação que nos permite ver quantas variáveis existem nas tomadas de decisão diárias. Outra coisa é a liberdade de crenças e hábitos que nos permite escolher o que é melhor no lugar de "fazer o que é certo, já que existe só um jeito certo mesmo". A postagem de hoje é dedicada ao assunto "decisões educacionais", algumas divagações e amadurecimentos de alguém que oferece um produto pedagógico.

Certa vez, a escolha da melhor escolinha infantil foi assunto de uma roda de mães que presenciei. A primeira dúvida era "colegião ou coleginho?". O que pesa mais: tradição de um grande centro educacional ou o aconchego de uma pequena escola que sabe o nome de cada aluno de cor e salteado? Explicito uma frase que ouvi na ocasião:

"...mas o mundo é uma selva, e eles precisam se acostumar com essa dureza desde cedo"; 
Minha resposta: Tens razão, a escola torna-se um micro-ambiente de experimentações importantíssimo. Alguns dizem que é um treino para a vida, na segurança dos portões escolares. Mas eu acredito que todo momento que puder ser prazeroso ao invés de difícil, tranquilo ao invés de caótico, amistoso ao invés de nervoso deve ser e se os pais puderem proporcionar isso para suas crianças, sempre será lucro. Conviver em ambientes abundantes em termos de gentileza, carinho, afeto não deixa ninguém "menos esperto", "menos avisado", mas dá um norte para o mundo futuro que esse indivíduo quer construir. Dá a ele a oportunidade de escolher. E outra: treino pra vida?... Ah! A vida é agora! Para os grandes e para os pequenos! Começa a viver quando? Quando se aposentar? Alguém tem que optar por não viver em um mundo que é uma selva, não é mesmo?

Bom, sendo colegião ou escolinha, como escolher? um tem aula de computação, música, karatê, capoeira. O outro tem uma proposta pedagógica única que rege todos os ambientes. Um terceiro fica perto de casa. Por último uma opção mais longe, mas com horários mais flexíveis e, embora a impressão visual do lugar deixe um pouco a desejar, tem menos crianças em aula e uma plaquinha de cobertura de emergências 24h.

Essa encruzilhada não tem uma resposta certa e definitiva. Até porque, se tivesse, os outros três estabelecimentos já estariam fechados. Uma grande amiga, pedagoga, olhou para aquele grupo de mães reunidas e disse: a fórmula é simples: visita, respira lá dentro, olha pras crianças, olha pras profes e vê o que te vem a cabeça: te sentiste bem? Então achaste o lugar certo para deixar teu filho. 

Dentro de uma escola, mesmo as com propostas pedagógicas mais direcionadas, é impossível controlar alguns fatores como a formação e o "jeitinho" da professora que fica na turma. As qualidades ou defeitos das auxiliares. A conduta da assessoria pedagógica. A organização financeira da direção, que as vezes precisa fazer escolhas que afetarão diretamente o que é oferecido aos alunos. A turma que se forma, os colegas, a formatação do grupo é sempre única, que faz com que o professor, a orientadora pedagógica e a direção tomem atitudes únicas também. São muitas variáveis, não é mesmo?

Para mim, o que precisa é a criança sentir-se bem, querer voltar no dia seguinte (tá, as vezes a profe impôs um limite ou o coleguinha mordeu e dá um medinho de voltar, mas isso faz parte também), e repetir em casa bons valores trabalhados na escola: respeito ao próximo, tolerância, tranquilidade, amor a novas descobertas, curiosidade, uma relação legal com a natureza e com os alimentos que dela vem... essa lista é pessoal e intransferível, ok?

A aplicação dessas recomendações a aula de música, de ballet, de natação é verdadeira também, guardando as devidas proporções temporais: a criança passa 20h semanais na escola e uma hora em cada uma dessas atividades. Mesmo assim, quando vier ter aula de música no Musica per Bambini, fecha os olhos, respira fundo e pergunta: estou(amos) feliz(es) aqui? 

Um abraço a todos!

17 de março de 2011

Bons CDs infantis

Olá a todos!

Há nessa vida algumas perguntas que recorrem no trabalho do professor de música. Uma delas é sobre "boa música infantil". Que discos devo comprar para ouvir com meu filho ou para ele ouvir sozinho, na hora do sono, do mamá, da brincadeira? Hoje em dia, a oferta de música infantil é muito grande. Quem vive de música (selos, gravadoras, artistas) sabe que é um bom filão comercial e sabe, também, que precisa andar rápido e ser esperto para conquistar os ouvidos de mães, pais e crianças. O que a mídia faz por si, que é divulgar grandes artistas que cantam para o público infantil e infanto-juvenil, eu não preciso fazer aqui. Luan Santana, Restart e High-School Musical (minha seleção está um pouco 2010 ainda, né?) vocês ouvem na televisão e no rádio e podem decidir se gostam ou não, se querem que os pitocos ouçam ou não. Outras coisas, vou sugerir agora.

Os CDs do Palavra Cantada

Eu tenho um amor muito grande por este selo. Faz dez anos que conheço e que uso em sala de aula. Não sei o que prefiro mais: os arranjos de músicas folclóricas ou as canções compostas pela própria dupla Paulo Tatit e Sandra Peres ou seus colegas, porque o Palavra tem trabalhos dos dois tipos. Os CDs com música folclórica me arrepiam. São ricos, apresentados com bons instrumentos, com arranjos cheios de sacadas geniais, ficam longe da mesmice. O repertório próprio tem algumas preciosidades, que já são standards do setlist mirim: Sopa (que que tem na sopa do neném?), Ciranda (a do tatu-bolinha), Eu (perguntei para o meu pai, 'pai, onde é que cê nasceu?'...), Criança não trabalha... e tantas outras. 

Sugestões de Consumo:

Dos 0 a 2 anos: Cds Meu Neném, Canções de Ninar, Cantigas de Roda e Canções de Brincar

Dos 2 a 4 anos: Cds Canções de Ninar, Cantigas de Roda, Canções de Brincar, Canções Curiosas e Pé com Pé

Dos 4 a 6 anos: Canções Curiosas, Pé com Pé, Carnaval Palavra Cantada, Dois a Dois e Pandalelê

DVDs: Clipes (para qualquer criança), Pé com Pé (para os maiorzinhos que conhecem o CD), Palavra Cantada 10 anos (para os maiorzinhos que já conhecem os hits, pois não tem muitos recursos visuais, é o show)

Outros bons trabalhos em CDs infantis:

De Porto Alegre, Kitty Driemeyer e seu "Conversa de Bicho"

Clássicos, como A Arca de Noé I e II (de Vinícius de Moraes), Saltimbancos (do Chico Buarque) ou Casa de Brinquedos (do Toquinho) 

Febre de 2009, Adriana Calcanhoto grava "Adriana Partimpim" e todo mundo adora

As "Cantigas de Roda" e "Meu Pé, Meu Querido Pé" do Hélio Ziskind ou os cds do Cocoricó, do mesmo artista

Um CD que eu amo demais é o Roda que Rola, que tem uma história por trás (da confecção do próprio CD) e as canções são parte de uma história contada no CD (deu pra entender?) 

Os CDs com sons de caixinha de música vão ao gosto do freguês. Eu uso em aula se preciso, mas não gosto de escutar, acho cansativo. Haverá crianças que se acalmarão com esse tipo de sonoridade, porém não há ciência que tenha comprovado que esta música é melhor para o bebê ouvir. É mito.

Xuxa, Barney, Galinha Pintadinha, Backyardigans têm um bom apelo junto às crianças, ainda mais quando vêm acompanhado de vídeos hipercoloridos. Ouçam, usem quando for necessário, pulem, brinquem, não faz mal, mas as sonoridades desse material, em geral, não são muito ricas. Instrumentos sintetizados, com pouca variação e criatividade. Vozes pasteurizadas, as vezes incluindo gritos e aqueles "gemidinhos" loiros. Bate-estaca permanente atrás que, apesar de agitar a casa e fazer todo mundo dançar, não dá muita oportunidade para as crianças construírem, a partir disso, um repertório sonoro mais enriquecido.

A ordem é diversificar, conhecer. Não há música que faça mal. Aproveitem!

Até a próxima.

15 de março de 2011

Novidades

Caros amigos e famílias,

Faltam pouco mais de dez dias para o início das aulas do projeto Musica per Bambini. Estamos trabalhando bastante para deixar tudo perfeito. A equipe é formada por mim, Paula, e pelo Jota, meu grande paceiro, que além do suporte ao empreendimento, está a frente da coordenação musical do projeto. Cada atividade e cada momento da aula está sendo cuidadosamente pensado para oferecer um material artístico rico. A aula de música, acreditamos, é um momento único para oferecer às crianças e a suas famílias mais cultura, mais arte e diversidade. Aliado a isso, entra meu papel: provocar e despertar a curiosidade e realizar atividades que desafiem as crianças de uma maneira lúdica. Minha paixão é justamente essa: o estudo de como se dá o desenvolvimento infantil e o desenvolvimento musical.

Os pais que ficarem curiosos sobre as aulas podem telefonar para tirar todas as dúvidas, saber sobre a organização de horários, de turmas, valores, etc. Também, aqueles que não conhecem o trabalho podem fazer uma aula experimental, dar-se a chance de se apaixonar por um momento único  dedicado ao seu filho.

Para ligar, o telefone é (51) 3012 82 45. Estamos esperando!

Porque criança... é tudo de bom!

(foto gentilmente cedida pela família Thomé)

13 de março de 2011

Divulgação

Aos amigos que desejarem divulgar o trabalho, minha sugestão é clicar em "Share this on Facebook" na coluna da direita deste blog, fazer o login em seu Facebook e seguir as instruções. A mesma coisa no link "Tweet this", onde você pode remodelar a frase para enviar aos seus seguidores do Twitter.

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